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    Avanço No Estudo Da Mudança Sintática Associando A Teoria Da Variação E Mudança E A Teoria De Princípios E Parâmetros

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    O artigo se desenvolve em torno de dois pontos principais. O primeiro consiste no esclarecimento de que a Teoria da Variação e Mudança tem, associado ao componente social, um componente gramatical, que não pode prescindir de uma teoria linguística, o que tem sido tomado como óbvio em diversos estudos da área, uma vez que raramente é explicitado. O segundo mostra que a adoção do quadro teórico de Princípios e Parâmetros, junto com uma refinada descrição da sintaxe das línguas que a Teoria gerativa oferece, foi a alternativa encontrada nos inícios dos anos 1980 para analisar à luz do modelo da Teoria da Variação processos de mudança paramétrica em curso no PB, num momento em que a mudança não entrava na agenda de Princípios e Parâmetros. Feitas as necessárias justificativas sobre tal associação, são apresentados resultados de estudos variacionistas sobre a mudança que envolve a representação do sujeito pronominal no PB. Esses resultados mostram que essa associação permite levantar hipóteses de trabalho e encontrar respostas para as questões empíricas do modelo da Teoria da Variação e Mudança, além de trazer contribuições para a evolução dos estudos teóricos desenvolvidos no âmbito da Teoria de Princípios e Parâmetros.57185-11

    Avanço no estudo da mudança sintática associando a Teoria da Variação e Mudança e a Teoria de Princípios e Parâmetros

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    O artigo se desenvolve em torno de dois pontos principais. O primeiro consiste no esclarecimento de que a Teoria da Variação e Mudança tem, associado ao componente social, um componente gramatical, que não pode prescindir de uma teoria linguística, o que tem sido tomado como óbvio em diversos estudos da área, uma vez que raramente é explicitado. O segundo mostra que a adoção do quadro teórico de Princípios e Parâmetros, junto com uma refinada descrição da sintaxe das línguas que a Teoria gerativa oferece, foi a alternativa encontrada nos inícios dos anos 1980 para analisar à luz do modelo da Teoria da Variação processos de mudança paramétrica em curso no PB, num momento em que a mudança não entrava na agenda de Princípios e Parâmetros. Feitas as necessárias justificativas sobre tal associação, são apresentados resultados de estudos variacionistas sobre a mudança que envolve a representação do sujeito pronominal no PB. Esses resultados mostram que essa associação permite levantar hipóteses de trabalho e encontrar respostas para as questões empíricas do modelo da Teoria da Variação e Mudança, além de trazer contribuições para a evolução dos estudos teóricos desenvolvidos no âmbito da Teoria de Princípios e Parâmetros

    SOBRE O ENSINO DA GRAMÁTICA NOS NÍVEIS FUNDAMENTAL E MÉDIO: POR QUE, QUANDO E COMO?

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    Neste artigo busco defender o ensino da gramática no português a partir do segundo segmento do nível Fundamental com a justificativa de que o acesso ao conhecimento da estrutura da língua enriquece o seu conhecimento e constitui condição essencial para que o aluno tenha informações sobre as gramáticas de sincronias passadas ao lidar com textos literários no Ensino Médio. Para que esse ensino tenha êxito, entretanto, é necessário que as gramáticas e, consequentemente, os livros didáticos descrevam os usos da escrita padrão contemporânea, que não é uniforme nem se assemelha às normas anacrônicas que têm guiado o ensino tradicional

    GRAMMAR(S), SCHOOLING AND “LINGUISTIC ADEQUACY”

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    Neste artigo discutimos conceitos de gramática, numa tentativa de mostrar que há apenas dois significados e que eles não se encontram em distribuição complementar, como costumam sugerir algumas publicações destinadas ao ensino do português. A partir de um deles, o de gramática como conhecimento que todo falante tem de sua língua, voltamos nossa atenção ao que se tem referido como adequação linguística, mostrando o equívoco que subjaz a este conceito e que conduz à oposição formalidade/informalidade. Como veremos, tal oposição corresponde, na verdade, a regras próprias da gramática brasileira, em face da lusitana, e só os indivíduos mais escolarizados e com maior contato com a escrita podem transitar com maior ou menor facilidade de uma gramática para outra. Nossa discussão sobre “adequação de linguagem” e “mudança de gramática” necessariamente irá passar pela codificação das normas que guiam nossa gramática tradicional, em grande parte inspiradas no modelo europeu, e pelas consequências que tal gesto provocou, aumentando a natural distância entre gramática da fala e gramática da escrita entre nós. Uma breve análise de letras de raps e funks portugueses e brasileiros, um gênero musical muito popular, mostrará o que é de fato “informalidade” e o que é “gramática”. Concluímos este artigo com uma reflexão sobre a importância de ensinar a “gramática da escrita” a partir de descrições da escrita contemporânea, sem ignorar que este é um grande passo para o aluno e que ele deve ter consciência disso. Propostas recentes de “intervenção pedagógica” no sentido de ensinar novas regras que não fazem parte do desempenho do aluno parecem justas e necessárias, mas é importante valorizar a gramática do aluno a fim de não aprofundar o preconceito linguístico

    Sujeito Nulo e Ordem Verbo-Sujeito no português brasileiro: análise diacrônica

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    Este artigo apresenta evidências empíricas de que a mudança na remarcação do valor do Parâmetro do Sujeito Nulo no português brasileiro desencadeia o aparecimento de outras estruturas elencadas entre os feixes de propriedades relacionadas às línguas [+Sujeito Nulo] do grupo românico. A pesquisa se baseia em evidências diacrônicas e sincrônicas, que provêm de estudos que analisaram os diferentes fenômenos, todos associados a propriedades do Parâmetro do Sujeito Nulo, a partir das falas de roteiros de peças de teatro escritas no Rio de Janeiro ao longo dos séculos 19 e 20 e de entrevistas sociolinguísticas com falantes cariocas. Ao comparar, sistematizar e analisar os resultados desses estudos em conjunto, mostramos que, à medida que os sujeitos pronominais, tanto de referência definida quanto indeterminada, se tornam pronomes foneticamente realizados, a ordem verbo-sujeito é afetada, tanto em estruturas com verbos inacusativos como em interrogativas Q. A realização fonética do sujeito expletivo, que seria um efeito colateral esperado para essa mudança, não é atestada. No entanto, outras estratégias são implementadas no sistema, entre as quais o alçamento de constituintes para evitar um expletivo nulo, o que é compatível com um sistema com proeminência de tópico, que caracteriza o português brasileiro

    1) Restrições na distribuição de sujeitos nulos no Português Brasileiro¹

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    Inglês: Constraints on the distribution of null subjects in Brazilian PortugueseIn this paper, we will propose that Chomsky's (1981) “ Avoid Pronoun” principle, postulated for consistent Null Subject languages, can have a counterpart “ Avoid non-referential pronouns" for partial Null Subject languages like Brazilian Portuguese. We will also propose that variation between null subjects and overt subjects canoccur in partial Null Subject languages, and this is possible in Brazilian Portuguese due to the nature of the subject pronouns, which are weak, clitic-like pronouns.Keywords: referential subjects; expletive subjects; Brazilian Portuguese;constraints; partial Null Subject language.Tradução: Neste trabalho, proporemos que o princípio ‘Evite Pronome” (Chomsky, 1981), postulado para línguas de sujeito nulo consistente, pode ter uma contraparte ‘Evite pronomes não - referenciais’ para línguas de sujeito nulo parcial como o Português Brasileiro. Proporemos ainda que a variação entre sujeitos referenciais nulos e expressos pode ocorrer em línguas de sujeito nulo parcial, sendo isso possível no Português Brasileiro dada a natureza clítica de seus pronomes fracos sujeitos.Palavras-chave: sujeitos referenciais; sujeitos expletivos;português brasileiro;restrições; língua de sujeito nulo parcial

    Pronominal constructions and subject indetermination in national varieties of Portuguese – A global view on norms

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    The paper examines the attitudes and language conceptions of dominating and non-dominating language communities of pluricentric languages which differ in many ways. It is shown that in dominating nations the one-nation-one-language concept is an undisputed basic concept which is shared by most speakers of these varieties and brings about a clear distinction between linguistic „standard“ and „nonstandard-forms“. Contrary to this speakers of non-dominating varieties find themselves under pressure to legitimate their „deviating“ language behavior, even though they might use the standard variety of their country. The situation also leads to a kind of „diglossia“ between the own national norms and the exogene norms of the dominating nation. The paper also looks at the psychological effects of this situation and at possible ways to overcome them. It is shown that the non-dominating varieties face a dilemma as a thorough codification of their actual linguistic norms sooner or later leads to a separation from the norms of the dominating variety and to the development of a language of it's own.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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